O estado de bem-estar social - Welfare State, em inglês - é o modelo social, político e econômico que garante a todos os cidadãos, independente da idade ou classe social, a garantia de padrões mínimos de saúde, educação, habitação e seguridade social.
O estado de bem-estar social é, também, o responsável pela regulamentação das leis trabalhistas, pelo cumprimento das jornadas de trabalho definidas, pagamento de salário mínimo, garantia de leis trabalhistas e pelo direito à previdência social.
Para garantir tais direitos sociais básicos, é preciso da intervenção do Estado na Economia, a fim de garantir a geração e regulação de empregos, manutenção das leis trabalhistas e garantia de melhoria no padrão de vida dos cidadãos.
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Após o fim da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos tiveram um grande crescimento econômico ao vender produtos e insumos para a Europa devastada. Na década de 1920, no entanto, a Europa já havia se recuperado e os Estados Unidos contavam com um estoque de produção acumulado.
Em 1929, os estadunidenses enfrentaram uma crise econômica, que ficou conhecida como a Crise de 1929, que ocasionou a quebra da bolsa de Valores de Nova York e o aumento das taxas de pobreza e desemprego no país.
Para conter o avanço da Crise, em 1933, o presidente Franklin Roosevelt implantou o programa de recuperação econômica, chamado de New Deal.
Foram feitos maciços investimentos em obras públicas, redução das jornadas de trabalho e pagamento de salários mínimos. Foi a partir de 1933 que os Estados Unidos passaram a utilizar algumas ações do estado de bem-estar social.
Na Europa, o estado de bem-estar social passou a ser utilizado na Inglaterra em 1942, período da Segunda Guerra Mundial. A implantação de políticas de bem-estar social foram usadas para promover a recuperação econômica e garantir o crescimento Europeu.
O estado de bem-estar social europeu vivenciou seu auge nas décadas de 1960 e início da década de 1970. Na Inglaterra, foi abandonado no fim da década de 1970, com a eleição da Primeira Ministra Margareth Tatcher, que iniciou a era de políticas neoliberais.
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As primeiras políticas de bem-estar e de intervenção estatal foram implantadas no Brasil na Era Vargas (1930-1945). Foram realizados investimentos em obras públicas, promulgação das primeiras leis trabalhistas e estatização do refino de petróleo.
Nas décadas de 1970 e 1980, o país viveu uma nova onda de bem-estar social. No entanto, não da mesma forma que as políticas estadunidenses e europeias. A política de bem-estar social brasileira dessas décadas foi feita de maneira assistencialista.
Na década de 1990, o país passou por uma onda de governos neoliberais, com a privatização de empresas e menor investimentos em setores sociais. As políticas assistencialistas voltaram às pautas governamentais a partir da década de 2000.
Na década de de 1970, muitos países abandonaram as políticas de bem-estar social e adotaram o modelo neoliberal de governo. Na Inglaterra, a implantação do neoliberalismo ocorreu no governo de Margareth Tatcher. A primeira dama inglesa defendia o fim das políticas de bem-estar social pois as considerava onerosas e podiam quebrar o Estado.
A sugestão para o fortalecimento econômico era a implantação de políticas neoliberais, com pouca intervenção do Estado na Economia. A regulação econômica nesse modelo é feita de maneira cíclica pelo próprio mercado. Sem a obrigatoriedade de garantir serviços básicos à população, cada indivíduo precisa, então, garantir saúde, educação e moradia através do emprego.
Embora o modelo de bem-estar social tenha perdido força ao longo das décadas, alguns países europeus - como a Dinamarca, Suécia e Finlândia - ainda adotam tais políticas e ocupam as primeiras posições no IDH.
O Estado do Bem-Estar Social, também denominado Welfare State, caracteriza-se: