As orações subordinadas substantivas são aquelas que apresentam o valor de um substantivo.
Sintaticamente, elas podem exercer a função de:
Elas podem aparecer em sua forma desenvolvida ou reduzida de infinitivo. Uma das maneiras mais simples de identificá-las e classificá-las é substituindo-as pelo pronome demonstrativo “isso”. Feita a substituição, basta verificar qual é a função exercida pelo pronome e, consequentemente, saberemos a classificação da oração em questão.
Exemplo:
“Não sabemos se elas foram sinceras.” → “Não sabemos isso.”
Fazendo a substituição da oração subordinada pelo pronome “isso”, vê-se claramente que a oração atua como objeto direto em relação à principal. Sendo assim, sua classificação é de oração subordinada substantiva objetiva direta.
Exemplo:
“Ela percebeu que eu tinha esperança de que ele voltasse.”
O exemplo acima é um pouco mais completo, pois o período é composto por três orações. A primeira gira em torno do verbo “percebeu”; a segunda, em torno do verbo “tinha”, e a terceira, por fim, gravita em torno do verbo “voltasse”.
Perceba que, nesse exemplo, a oração “que eu tinha esperança” é subordinada à oração “ela percebeu”. Mas, ao mesmo tempo, é uma oração principal em relação a “de que ele voltasse”.
Assim, é importante notar que a análise das orações deve ser feita separadamente. Para facilitar a análise, considere que:
A oração 2, em relação à oração 1, é uma subordinada substantiva objetivo direta. A oração 3, por sua vez, é subordinada à oração 2, estabelecendo uma relação de complementar o nome “esperança”, sendo classificada, portanto, como oração subordinada substantiva completiva nominal.
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A classificação das orações subordinadas substantivas se dá a partir do reconhecimento da função sintática por elas exercida em relação à oração principal do período. Veja a denominação dada a cada uma das orações subordinadas substantivas conforme a função que elas assumem:
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São chamadas de justapostas as orações subordinadas substantivas que não vêm introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se”.
Em geral, essas orações são iniciadas com pronomes indefinidos ou advérbios interrogativos, tais como “quem”, “quando”, “como” etc.
Exemplo:
“Quem tudo quer tudo perde.”
Note que a oração subordinada, nesse caso, é “quem tudo quer” e que essa oração pode ser classificada normalmente, como as outras orações subordinadas substantivas, de acordo com a função sintática que exerce em relação à oração principal. A oração em questão, por exemplo, exerce o papel de sujeito e, por isso, é classificada como subjetiva.
Observação: As conjunções “que” e “se”, ao introduzir orações subordinadas substantivas, classificam-se como conjunção integrante, exceto nos casos das orações com valor sintático de aposto, pois, nesse caso, as conjunção adquirem valor expletivo, visto que servem apenas como realce.
Assinale a alternativa em que “se” é conjunção integrante.