Segunda Guerra Mundial

Pouco mais de 20 anos após o término da Primeira Guerra Mundial, a Europa entra em um novo conflito, ainda mais brutal do que o anterior, e que mais uma vez ultrapassa as fronteiras do continente.

Em 1939 teve início a Segunda Guerra Mundial, o maior conflito militar da história. Até seu término, em 1945, fez uma grande quantidade de vítimas e deixou um legado de atrocidades até então inéditos.

Por se tratar do maior conflito bélico da história, com o envolvimento de quase 100 mil soldados e 72 países, a Segunda Guerra Mundial, trouxe consequências não só para as nações envolvidas, mas afetou a economia, as determinações políticas, o julgamento de crimes contra humanidade e a condução de aparatos militares em boa parte dos países do mundo. Grande  parte das pátrias envolvidas estava na Europa, no entanto, a mundialização da guerra se dá a partir de 1941, devido ao fato de que o conflito extrapolou o espaço do velho mundo e trouxe consequências para todos os continentes, entre elas a criação da Organização das Nações Unidas, a ONU e o surgimento de novos modelos de organizações internacionais.

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Contexto Histórico    

Alguns acontecimentos na Europa desde o final da Primeira Guerra mundial levaram aos conflitos e ações que culminaram na Segunda Guerra Mundial. A primeira dessas ações a ser considerada é o crescimento do totalitarismo e a ascensão do radicalismo de extrema direita, principalmente na Itália e na Alemanha, com o comando de políticas fascistas e nazistas feitas por Benito Mussolini e Adolf Hitler, respectivamente.

Em termos econômicos, as consequências da Crise de 1929 e do final da Primeira Guerra,  que fez com que a Alemanha, grande perdedora do primeiro conflito mundial, tivesse que pagar as dívidas de guerra, o que  levou à desestabilização e crise financeira no país, além de colaborar com o crescimento da fome e pobreza. Para garantir que a população germânica apoiasse seu governo, Hitler usou o discurso que sairia da crise e colocou parte da culpa da pela pobreza alemã nos judeus, que seriam, no decorrer da guerra, perseguidos e levados aos campos de extermínio.

Ainda quanto aos alemães, a perda e as sanções sofridas ao final da Primeira Guerra mundial, estimularam o fortalecimento exagerado e fora de controle, de um sentimento nacional e a necessidade de empreender conquistas territoriais , havia a necessidade de mostrar recuperação e poder, uma vez que o sentimento de humilhação no pós primeira guerra acompanhava os germânicos.

Período entre Guerras    

É chamado de período entre guerras o intervalo compreendido entre o final da Primeira Guerra, em 1918 e o início da Segunda Guerra, em 1939. Pouco mais de  vinte anos separam o fim e o início desses conflitos que  é marcado pela suspensão efetiva dos embates bélicos. No entanto, os acontecimentos da época se desdobraram e  levaram ao início de um novo conflito.

Logo após o fim da Primeira Guerra, foi assinado entre as potências o Tratado de Versalhes, que impôs à Alemanha sanções econômicas, perda de territórios, pagamento de dívidas de guerra, redução de  exércitos e proibição de fabricação de armamentos pesados.O alto custo das indenizações junto aos desdobramentos da Crise de 29, levaram a Alemanha mergulhar em uma profunda crise.

Em um momento de grande instabilidade econômica, as ações totalitárias ganharam força entre a população alemã e o Partido Nacional Socialista do Trabalhadores Alemães, partido nazista com inclinação à extrema direita ganhou cada vez mais espaço e participação política. O líder do partido, Adolf Hitler, numa manobra de culpabilização dos judeus e garantindo que recuperaria a economia germânica, ganhou forte apoio popular.

A ascensão dos regimes totalitários na Europa

A situação da Europa no pós-guerra e a imposição do Tratado de Versalhes à Alemanha acentuaram a crise econômica pela qual o país passava. As condições de vida se tornaram ainda piores após a crise de 1929 - que começou nos Estados Unidos, mas atingiu todos os países do mundo capitalista.

Esse cenário de crise econômica, associado aos conflitos não resolvidos na Primeira Guerra Mundial, alimentou o sentimento de revanche e a ação de grupos nacionalistas no continente europeu.

Desse modo, o período entreguerras, que dura de 1918 a 1939, é marcado pela ascensão dos regimes totalitários na Europa. Em especial, destacamos o nazismo, na Alemanha, e o fascismo, na Itália.

Esses regimes concentraram o poder de Estado em torno de alguns líderes, acabaram com as oposições e elegeram inimigos, internos e externos, como formas de unificar a nação.

No caso alemão, Adolf Hitler chegou ao poder com promessas de restaurar a “grande Alemanha” através do Terceiro Reich (Terceiro Império Alemão), o que incluía expandir o território alemão e recuperar o que haviam perdido na Primeira Guerra.

De outro lado, as democracias liberais da Europa, em especial França e Inglaterra, reagiram com pouco vigor à ascensão de Hitler e ao descumprimento de cláusulas do Tratado de Versalhes. 

Temendo uma nova guerra, ainda sem se recuperar plenamente do primeiro conflito e reconhecendo a dureza imposta pelo acordo de paz, britânicos e franceses optaram por uma política de apaziguamento.

Esta política foi conduzida em especial pelo primeiro-ministro inglês no período de 1937 a 1940, Neville Chamberlain. A forte oposição que o führer alemão fazia ao comunismo também contribuiu para que França e Inglaterra preferissem não entrar em conflito com a Alemanha.

Desse modo, a política de apaziguamento se baseava na ideia de que, se algumas de suas reivindicações fossem atendidas, a Alemanha ficaria satisfeita e não criaria grandes problemas. 

Causas

Para entender as causas do novo conflito, é necessário voltar para a Primeira Guerra Mundial.

O acirramento dos conflitos e o início da guerra 

Antes de chegar ao poder, Hitler já havia firmado os preceitos do nazismo em seu livro Mein Kampf. Dentre eles, destacamos a crença na superioridade da raça ariana e a defesa de um espaço vital para o desenvolvimento dos povos alemães.

Com isso, além de subjugar povos não-germânicos que viviam na Alemanha, como os judeus e os ciganos, a questão do espaço vital previa a expansão da Alemanha e criação de um grande estado para os povos germânicos. 

Na prática, o expansionismo alemão se iniciou pela anexação da Áustria, em 1938, sob a justificativa de que lá vivia uma maioria de alemães. A ação do führer foi legitimada por um plebiscito, e não houve grandes protestos por partes das potências europeias.

Logo em seguida, Hitler passou a reivindicar o território dos Sudetos, então parte da Tchecoslováquia, sob a mesma justificativa. Novamente não houve uma resistência efetiva por parte das grandes potências e a Alemanha passou a avançar por áreas da Tchecoslováquia que iam além dos Sudetos.

Temendo ser a próxima a ser invadida, a Polônia celebra um acordo de proteção com a Inglaterra. A Alemanha, por sua vez, fez um acordo com a Itália fascista de Mussolini, e assim começaram a se desenhar as alianças militares que entrariam em confronto em pouco tempo.

Fases da Segunda Guerra Mundial    

Podemos dividir a Segunda Guerra Mundial em três fases:

• Primeira fase: a guerra na Europa, durante 1939 e 1941;
• Segunda fase: quando o conflito se torna  mundial, de 1941 até 1943;
• Terceira fase: os desdobramentos que vão de 1943 até o final do conflito.

 1ª Fase    

A primeira fase da guerra, também chamada de Supremacia do Eixo, ocorreu entre 1939 e 1941. Nesse momento, os conflitos acontecem em território europeu e há supremacia das forças alemãs, que fazem uso da estratégia chamada de guerra relâmpago ou blitzkrieg para conquistar territórios e ganhar espaço. No final de 1941, o Japão entra na guerra ao lado da Alemanha e ajuda a conquistar áreas do sudeste asiático. É também em 1941 que os japoneses atacam a base estadunidense de Pearl Harbor, que ocasionou a entrada oficial dos Estados Unidos na guerra.

2ª Fase    

A segunda fase, que vai do final de 1941 a 1943, recebe o nome de Equilíbrio de Forças. Durante a 2ª fase o quadro da guerra inverte-se, os alemães começam a perder importantes batalhas e as forças aliadas passam a vencer e, consequentemente, diminuir a força alemã. A vitória Russa na batalha de Stalingrado marca o sucesso das estratégias aliadas e o início do declínio dos países que formam o eixo.

É também a partir do final de 1941, com a entrada oficial do Japão e Estados Unidos, que a guerra torna-se mundial e os conflitos passam a acontecer também  em áreas do sudeste asiático e ilhas do Pacífico, nesse período há envio de tropas para regiões do norte da África.

3ª Fase    

A terceira e última fase da guerra, chamada também de Derrota do Eixo,  que vai de 1943 até o final do conflito em 1945, é marcada pelas sucessivas derrotas do eixo. Na passagem de 1944 para 1945 os aliados invadem a Alemanha, que está cada vez mais derrotada e fragilizada. Os momentos finais do conflito são marcados pelo uso de armas nucleares e o lançamento das bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, coordenado pelos estadunidenses.

A guerra na Europa

No dia 1º de setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia, e dois dias depois França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha. Assim se inicia a Segunda Guerra Mundial.

Os primeiros dois anos de conflito foram marcados pela superioridade militar alemã. Através da estratégia da blietzkrieg (guerra relâmpago), os aviões alemães bombardeavam os alvos adversários em ações surpresa e rapidamente o exército ocupava os territórios atingidos.

Assim, em menos de um ano, os alemães já haviam invadido Polônia, Dinamarca, Noruega, Bélgica e Holanda, quando, em junho de 1940, completam a invasão da França e tomam Paris. 

O único país que ainda resistia aos ataques nazistas era a Inglaterra, que passou a abrigar parte dos refugiados que permaneceu na resistência contra a Alemanha.

A guerra mundial

Depois do domínio quase total do território continental da Europa, Hitler expande as frentes de batalha para a África, ainda sob o estigma da disputa colonial, e prepara também a invasão da União Soviética.

Rompendo um acordo de não agressão que havia sido firmado com Stalin dois anos antes (Pacto Molotov–Ribbentrop), em junho de 1941 as tropas alemães iniciam a invasão do território soviético.

Apesar de conquistar vitórias iniciais e impor uma série de perdas aos soviéticos, a estratégia de resistência do Exército Vermelho se mostrou eficaz, e os nazistas acabaram por consumir grandes esforços na frente soviética, mas sem conquistar seu objetivo final.

Por sua vez, os Estados Unidos permaneciam isolados do conflito, apesar dos esforços da Inglaterra para que o país entrasse na guerra contra os alemães.

No entanto, a principal preocupação americana era com o expansionismo do Japão, aliado da Alemanha, na região do Pacífico, ameaçando zonas de influência dos Estados Unidos.

Em dezembro de 1941, os japoneses atacam Pearl Harbor, principal base naval americana localizada no Havaí. O ataque provocou grandes perdas humanas e virou a opinião pública nos Estados Unidos, que passou a apoiar a entrada na guerra.

Desse modo, se configurou a divisão em dois grandes blocos que disputaram a Segunda Guerra Mundial: os Aliados, formados principalmente por Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética e França (antes de cair para os nazistas); e o Eixo, liderado por Alemanha, Itália e Japão.

O desenvolvimento do conflito se dá entre avanços e retrocessos de cada um dos lados, mas a partir de 1942 vai se desenhando uma vitória das forças aliadas.

Participantes    

No total, 72 países participaram de maneira direta ou indireta da Segunda Guerra Mundial. Alguns dos países da Europa são: Alemanha, Rússia, Inglaterra, Tchecoslováquia, Áustria, Itália e França. Dentre os países asiáticos temos intensa participação do Japão ao lado Alemanha e da China, Mianmar (antiga Birmânia), e Índia  ao lado dos países aliados. Na América há a participação dos Estados Unidos a partir de 1941 e o envio de tropas brasileiras em 1944 ao lado dos países aliados. No continente africano, ganham destaque a participação do Egito, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos.

Aliados    

A união dos países chamados aliados, que se juntaram para barrar a Alemanha foi formada por Rússia, Estados Unidos, França e Inglaterra. 

Eixo    

O eixo era a união de países formados por Itália, Alemanha e Japão. Em 1943 a Itália é derrotada pelos aliados e deixa a 2ª Guerra.

Principais Acontecimentos    

Em uma guerra que durou 6 anos, alguns acontecimentos ganharam destaque, seja por suas reviravoltas, pelas estratégias empreendidas ou pela violência, barbárie e atrocidades cometidas. 

Expansão Alemã    

A expansão alemã, tem início  antes mesmo da primeira fase da guerra. Em 1938, Hitler anexou a Áustria sob a alegação de que há vários alemães vivendo no território. Em seguida, Hitler reivindica os sudetos, que estão em território da Tchecoslováquia. Sem resistência das grandes potências, Hitler logo passa a dominar partes do território tcheco.      

Marcando o início da guerra, em 1939, a Alemanha invade a Polônia, em 1940, os territórios da Dinamarca, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e França são conquistados. Em 1941 a Alemanha conquista a Iugoslávia e a Grécia. A partir de 1941, com a entrada dos Estados Unidos, o eixo perdeu importantes batalhas e o rumo da guerra inverteu-se.

Holocausto    

Holocausto ou shoah, palavra hebraica que significa destruição, catastrofe, ruina, é o nome dado a perseguição e destruição sistemática que ocasionou o genocídio de milhões de judeus, que foram enviados aos campos de concentração no decorrer da segunda guerra.

Para garantir apoio popular e se manter no governo, Hitler culpabilizou os judeus pela grande crise que a Alemanha passava. O discurso de Hitler também exaltava a superioridade ariana, a inferioridade de outros povos  e a defesa de um espaço vital para o desenvolvimento dos povos alemães. Para garantir a presença exclusiva de arianos, os alemães trabalhavam pela Solução Final, que consistia na perseguição e assassinato sistemático de não arianos, principalmente judeus. Só com a eliminação dos inimigos, é que haveria espaço para o desenvolvimento das ideias nazistas.

A partir desse discurso, foi comandada a perseguição a judeus e a todos aqueles que não eram arianos ou não se enquadravam no padrão estabelecido pelo governo nazista. Entre os perseguidos estavam também ciganos, homossexuais, negros, feministas, pacifistas, doentes físicos e mentais e comunistas.

Batalhas Marcantes    

Em seis anos de guerra, algumas batalhas marcaram importantes reviravoltas. Abaixo estão citadas três batalhas marcantes para o conflito.

Stalingrado    

A maior batalha da segunda guerra, foi a de Stalingrado, que aconteceu entre julho de 1942 e fevereiro de 1943. Hitler e os países do eixo invadiram a Rússia e tinham como objetivo dominar a capital, Moscou, e as cidades de Leningrado e Stalingrado. No entanto, as estratégias russas foram superiores e novamente, o frio colaborou para frear a conquista inimiga. Após meses de batalha, o exército alemão foi derrotado e os alemães assumiram posições mais defensivas. Retiradas as tropas do eixo, russos e os aliados se organizaram para invadir Berlim e derrotar Hitler. 

Pearl Harbor    

O ataque à base militar estadunidense de Pearl Harbor aconteceu em 7 de dezembro de 1941, quando tropas japonesas , buscando a expansão japonesa no pacífico atacaram o local de  surpresa em um ataque aéreo. Após  a investida contra Pearl Harbor,  os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra.

Dia D    

O chamado dia D aconteceu em 6 de junho de 1944 e marca a invasão das praias francesas da Normandia pelos aliados, que tinha a intenção de libertar a França do domínio nazista e pressionar as tropas alemãs com a criação de um novo front de batalha.

Entrada da URSS e dos EUA na Segunda Guerra Mundial    

A Rússia e os países da URRS entraram na segunda guerra em 22 de junho de 1941, quando Hitler, quebrou o Pacto de  Ribbentrop-Molotov , que estabelecia a não invasão da Rússia pela Alemanha.

Os Estados Unidos, por sua vez, entram oficialmente na segunda guerra em dezembro de 1941, após a invasão japonesa à base estadunidense de Pearl Harbor, localizada no Pacífico.

Declínio da Alemanha

Após uma primeira fase de sucesso nas conquistas, expansão e consolidação das vitórias, o declínio alemão começa a partir do momento que, ao tentar invadir a Rússia, a Alemanha sofre importantes derrotas e perde milhares de soldados. A derrota dos alemães na batalha de Stalingrado marca o início do declínio alemão e o sucesso dos aliados, que logo depois marcharam rumo a Berlim com o objetivo de derrotar Hitler.

Com o fortalecimento dos países aliados, a Alemanha e seus aliados, foram sucessivamente perdendo força e por fim, se renderam em 7 de maio de 1945, pondo fim ao maior e um dos mais violentos  conflitos mundiais.

Ataques Nucleares

Apesar do fim da guerra na Europa, a frente de batalha do Pacífico continuou por mais alguns meses.

Para encerrar o conflito e mostrar seu poder para a União Soviética, nova superpotência que emergia com o final da guerra, os Estados Unidos lançam duas bombas atômicas no Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto, respectivamente.

O potencial destrutivo das bombas nucleares superava todos os armamentos que haviam sido utilizados até então na história da humanidade, causando a destruição total das cidades atingidas. Até hoje, foram as únicas armas atômicas utilizadas fora de testes.

Dias depois, em 15 de agosto de 1945, o Japão se rende e encerra definitivamente a Segunda Guerra Mundial.

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O Tribunal de Nuremberg    

Meses depois do final da Guerra, em novembro de 1945, os países aliados iniciaram o julgamento dos  criminosos de guerra.  No tribunal, 24 líderes nazistas foram julgados e condenados pelos atos cometidos contra os direitos humanos. O julgamento foi um marco para o direito internacional e questionou as práticas bárbaras cometidas contra as populações civis e os perseguidos pelo regime nazista.

Quem ganhou a Segunda Guerra Mundial?   

A invasão da URSS fracassa e, depois da batalha de Stalingrado, o Exército Vermelho passa a avançar em direção a Berlim. No norte da África, tropas inglesas e americanas impõem nova derrota às forças do Eixo e passam a ter controle da região.

Em 1943, a Itália é invadida e Mussolini é deposto e preso. Em 6 de junho de 1944, forças aliadas desembarcam na França, no que ficou conhecido como Dia D, e fazem recuar as tropas nazistas que dominavam a região.

Finalmente, em abril de 1945, o Exército Vermelho chega a Berlim. Hitler, que estava escondido em um bunker, comete suicídio, o que culmina com a rendição alemã em 8 de maio. A derrota de Hitler garante, portanto, a vitória dos aliados.

É essencial ressaltar que mesmo com a vitória dos aliados, em uma guerra, todos os envolvidos saem perdendo. No caso da segunda guerra,as perdas vão além de fatores econômicos, muitas vidas foram perdidas e muitas barbaridades foram cometidas apoiadas nas ideias de supremacia racial. 

Brasil na Segunda Guerra Mundial    

Em 30 de junho de 1944, o governo brasileiro enviou cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira, a FEB e cerca de 450 homens da Força Aérea Brasileira, a FAB, para a Itália.

Embora o governo de Getúlio Vargas,presidente brasileiro da época,  com a criação do Estado Novo, nutrisse certa simpatia aos modelos de governo centralizadores estabelecidos pelos nazi fascistas, o presidente envia tropas para lutar ao lado dos aliados graças a um acordo estabelecido com  o presidente estadunidense Franklin Roosevelt.

Consequências

A Segunda Guerra Mundial, de uma maneira ainda mais intensa do que sua antecessora, remodelou o mundo. O terror do holocausto nos campos de concentração nazistas e das bombas atômicas marcaria o mundo dali em diante.

• Instituições multilaterais, como a Organização das Nações Unidas, inspirada na Liga das Nações, surgem para mediar os conflitos internacionais e defender os direitos humanos;
• A independência das últimas colônias na África e na Ásia ganha um impulso definitivo; 
• O mundo caminha para uma nova polarização, desta vez entre um bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e um bloco comunista, liderado pela União Soviética, dando início à Guerra Fria.
• Consolidação econômica dos Estados Unidos, que enviou recursos para a recuperação econômica da Europa através do Plano Marshall. 
• Deposição das monarquias e implantação de Repúblicas na Itália, Hungria, Bulgária, Romênia e Iugoslávia.
• Isolamento de Portugal e Espanha por conta da manutenção dos governos totalitários.
• Divisão da Alemanha em duas zonas de influência, a República Democrática Alemã (RDA), de influência socialista e a República Federal Alemã (RFA), de influência capitalista.
• A divisão da capital Berlim em uma área capitalista e uma socialista.

Material Complementar    

Muito material foi produzido sobre a segunda guerra, confira alguns que podem te ajudar na hora de estudar.

Filmes    

• Noite e Neblina, 1955.
• A Lista de Schindler, 1993
• Bent, 1997.
• O resgate do Soldado Ryan, 1998.
• O trem da vida, 1998.
• Pearl Harbor, 2001.
• O pianista, 2002.
• O menino do pijama listrado, 2008.
• Bastardos Inglórios, 2009.
• O filho de Saul, 2015.
• Até o último Homem, 2016.
• Dunkirk, 2017.
• Jojo Rabbit, 2019.

Livro

• Anne Frank. O diário de Anne Frank, 1947.
• Primo Levi. É isto um homem?, 1947.
• Hannah Arendt. Eichmann em Jerusalém, 1963.
• Art Spiegelman. Maus: a história de um sobrevivente, 1980.
• Norbert Elias. Os alemães, 1996.
• Wendy Lower, As mulheres Do nazismo, 2014.

Referências    

ARENDT, Hannah. As Origens do Totalitarismo: antissemitismo, instrumento de poder. Rio de Janeiro: Ed. Documentário, 1975.

BETHELL, L. Entre a Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

HOBSBAWM, E. A Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Cia das Letras, 1995. 

MAGNOLI, Demétrio (org.). História das guerras. 3.ed. São Paulo : Contexto, 2006. 

MASSON, Philippe. A segunda guerra mundial: história e estratégias. São Paulo: Contexto, 2010.

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