Cavalo de Troia

O cavalo de Troia foi um símbolo da Guerra travada entre gregos e troianos, que durou cerca de dez anos e, segundo relatos e mitologia, aconteceu provavelmente  entre 1194 e 1184 a. C., data utilizada pelo poeta grego Homero, em sua epopeia, Ilíada, na qual descreve os acontecimentos dos últimos anos da Guerra de Tróia. No imaginário popular, o cavalo de Tróia seria o grande  responsável pela consolidação do conflito, uma vez que o  suposto presente dado pelos gregos aos troianos ao final da guerra fez parte da estratéga criada pelo herói mitológico Odisseu para que os gregos saíssem vitoriosos do conflito.

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Qual é a história do Cavalo de Troia?

O cavalo foi criado durante a Guerra de Tróia, conflito travado entre gregos espartanos e troianos. A guerra tem como estopim o rapto de Helena, esposa de Menelau, rei dos espartanos, pelo príncipe troiano, Páris. Atualmente, Troia está em território turco, em região próxima ao estreito de Dardanelos.

A história da Guerra é contada a partir da mitologia e dos escritos do poeta grego Homero. O poeta grego, concorda, inclusive,  que a guerra começou em 1194 a. C, e por seu usado como fonte histórica a data agrada boa parte dos historiadores e estudiosos do período.

 A guerra  tem seu início após a viagem diplomática de Páris, Alexandre e Heitor, filhos de Príamo, rei de Esparta. No decorrer da viagem, Páris apaixona-se por Helena, esposa do rei espartano Menelau. Apaixonado, o filho de Príamo rapta Helena e a leva para Tróia. Ao se dar conta de que a esposa não estava mais em esparta, Menelau declara guerra aos troianos. Na mitologia, o amor de Páris e Helena tinha a proteção de Afrodite, deusa do amor e a guerra seria o marco que decidiria o destino do mundo.

Para enfrentar os troianos, Menelau busca o apoio de outras cidades-estado gregas, que estão sob a liderança de Agamenon, que por sua vez, tinha intenção de conquistar territorialmente Tróia. Agamenon e Menelau reúnem um poderoso exército que conta com a participação de Odisseu e do herói Aquiles.

Aquiles era filho da deusa Tétis, que sabendo da sorte da criança, o lançou nas águas do mar Estige, para que ele se tornasse imortal, no entanto, os calcanhares da criança não foram banhados, sendo assim a única parte de seu corpo vulnerável aos ataques. Adulto, Aquiles poderia escolher ir à guerra e morrer com glórias ou viver eternamente. Como desejava ser reconhecido pela eternidade como um bravo guerreiro, decide lutar ao lado dos gregos. De acordo com a mitologia, Aquiles morre em combate atingido por uma flecha no calcanhar.

Após dez anos de batalha e ainda sem sinais de quem seria o vencedor, Odisseu tem a ideia de criar um enorme cavalo de madeira, que seria oferecido como presente ao rei Príamo. O cavalo, no entanto, era oco e dentro dele estavam escondidos os guerreiros gregos, que finalmente, conseguiriam ultrapassar as fortes muralhas troianas. Príamo aceita o presente e entende que o cavalo seria sinal de rendição dos gregos. Ao cair da noite, os guerreiros saíram do cavalo, conquistaram, saquearam e destruíram Troia, pondo fim a guerra.

Entre os historiadores não há consenso  de que a guerra tenha de fato ocorrido, uma vez que as informações vem a partir da mitologia e de uma epopeia, que também faz uso de explicações mitológicas.Se ocorreu, é provável que sua causa tenha sido a disputa pelo Estreito de Dardanelos, importante entreposto comercial da época.

O que foi o Cavalo de Troia?

De acordo com a epopeia homérica e com a mitologia grega, o cavalo de Tróia era um cavalo de madeira oco por dentro e, em seu interior, foram escondidos diversos soldados gregos, inclusive Odisseu, com a intenção de adentrar as muralhas de Tróia e vencer a guerra. O cavalo foi oferecido ao rei Príamo, que o aceitou de bom grado, entendendo que era um sinal de desistência dos gregos.

Os habitantes de Tróia discutiram sobre o que fazer com o presente. Alguns achavam melhor destruí-lo e outros achavam que deveriam ficar com o cavalo. Por fim, concluíram que o presente seria recebido e levado ao interior das fortificações troianas. 

Durante a noite, enquanto todos os troianos dormiam, os soldados gregos escondidos dentro do cavalo saíram e abriram os portões da cidade para os demais combatentes gregos, que aguardavam escondidos do lado de fora. Já em território troiano, o exército grego saqueou, incendiou e destruiu a cidade transformando-a em ruínas. A maior parte dos troianos foi morta pelos gregos e Helena foi resgatada.Réplica do Cavalo de Troia construída para o filme Troia. Está exposta em Çanakkale, na Turquia. Créditos da imagem a Adam Jones.  

Cavalo de Tróia: mito ou história?

Não há consenso entre os estudiosos da área se a Guerra de Troia é um evento histórico ou um mito. Logo, também não há comprovação da veracidade do cavalo de Tróia.Dentre os que acreditam na existência do cavalo, a explicação dada é de que seria, na verdade,  um equipamento real modificado de forma fantasiosa.  Em suma, não há consenso sobre o cavalo, por isso, não há como haver consenso sobre a existência da Guerra.

Representações na arte

Literatura

O cavalo de Tróia é citado pela primeira vez na literatura por Homero,que  entre 700 e 800 a. C escreveu Ilíada, que narra os momentos finais da guerra. Outra obra importante em que há citação sobre o cavalo, é a epopeia  Eneida, publicada pela primeira vez em 19 a.C e escrita pelo poeta Virgílio. A obra conta a história de Enéias, sobrevivente da Guerra de Tróia. 

Pintura e escultura

O vaso de Míconos (ou Mykonos) é uma das representações mais antigas do cavalo de Troia (aproximadamente século VIII a.C.). Além dessa representação, existem diversas outras. Um exemplo é a obra de Giovanni Domenico Tiepolo, chamada Procissão do Cavalo de Tróia, de 1733. Essa obra também representa o cavalo de Troia durante o conflito que ocorreu entre os gregos e os troianos.

Obra representando o Cavalo de Troia de Giovanni Domenico Tiepolo: Procissão do Cavalo de Troia, 1733.

Curiosidades

A expressão “presente de grego” faz referência ao cavalo de Troia, presente dado pelos gregos aos troianos. Além disso, o vírus cibernético “cavalo de Troia” possui esse nome por “vencer as barreiras” de defesa dos computadores, causando danos à máquina e ao usuário.

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