De forma geral, a sociologia tem como seus principais objetos de estudo temas relacionados às classes trabalhadoras e às enormes diferenças entre burguesia e proletariado, nascidas após a Revolução Industrial. A sociologia como um todo, estuda também temas ligados às relações e conflitos sociais, crises ligadas ao trabalho urbano e rural, à informação, às artes, à cultura de massa e todos os acontecimentos que, de alguma maneira, podem afetar a vida em sociedade e a construção de relações sociais.
No início do século XX tanto a sociologia brasileira quanto os estudos desenvolvidos no restante da América Latina estavam ligados à sociologia marxista. As relações identificadas por Marx foram, em grande parte, fundamentais para o entendimento das relações trabalhistas que em toda a América Latina são marcadas pela desigualdade.
Com o passar dos anos, e principalmente após a fundação da Universidade de São Paulo, a USP, em 1934, e a criação do curso de Ciências Sociais, a sociologia brasileira foi marcada pela influência dos docentes e pensadores franceses, e os sociólogos brasileiros voltaram o foco de seus estudos para a formação do Brasil, os conflitos econômicos, de raça e classe.
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Entre as décadas de 1920 e 1930 nasceu a sociologia brasileira, que ganhou força após a criação da USP em 1934. Os sociólogos precursores, em seus primeiros estudos buscaram compreender a formação da sociedade brasileira, a influência desta formação no funcionamento da sociedade da época e, além de tudo, a formação do próprio Brasil - questões ligadas ao longo período de escravidão e a participação de negros e indígenas na formação social do país.
Bandeira Brasileira
A primeira geração de pensadores e sociólogos brasileiros, que produziu entre as décadas de 1920 e 1930, buscou entender a formação do Brasil, a economia de exploração e voltada para a produção de produtos agrícolas e pecuários destinados ao mercado externo, o longo período de escravidão, a abolição e os desdobramentos sociais surgidos com a assinatura da lei Áurea, que pôs fim a escravidão no país.
Nas décadas de 1950 e 1960, os principais temas das pesquisas sociológicas estavam ligados ao trabalho no campo e nas indústrias, as relações de desigualdade e exploração nas relações de trabalhistas, a dependência econômica do mercado externo, a reforma agrária e o fortalecimento de movimentos sociais.
Entre os anos de 1964 e 1985, período da ditadura militar, as pesquisas diminuíram, diante do medo e perseguições empreendidas pelos militares contra sociólogos e estudantes das demais ciências sociais. No período de 1985 em diante, as pesquisas diversificaram-se e os sociólogos estudaram desde as relações de trabalho ao surgimento de ideias neoliberais, e deram grande destaque aos grupos esquecidos durante os períodos anteriores. As relações entre os seres sociais, a tecnologia e as novas relações de trabalho também tiveram destaque no período pós redemocratização.
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Urna eleitoral
Na geração dos pioneiros que estudaram a formação do Brasil e as relações de raça e classe, merecem destaque:
Dentre os nomes da contemporaneidade, cabe destacar a obra do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que dedicou-se aos estudos das relações internacionais e das teorias de desenvolvimento econômico.
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A teoria da democracia racial, derivada a partir da hipótese de pesquisa desenvolvida por Gilberto Freyre, principalmente com sua obra “Casa-Grande e Senzala”, pode ser relacionada à política de cotas implementada nos institutos federais a partir da Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dentre as opções abaixo, marque a CORRETA em relação aos conteúdos do enunciado acima.