Toyotismo é um sistema de produção industrial de mercadorias desenvolvido no Japão após a Segunda Guerra Mundial. O sistema levou esse nome pois foi instalado na fábrica da Toyota a partir da década de 1960.
A principal característica do Toyotismo é a chamada flexibilização da produção - ou acumulação flexível -, que tem como premissa básica a adequação da produção e estocagem dos produtos a partir da demanda de consumo.
O Toyotismo, criado pelos japoneses, foi o sistema alternativo ao Fordismo - desenvolvido anteriormente pelo empresário estadunidense Henry Ford, ainda na década de 1910.
Após a criação do Toyotismo e sua aplicação nas fábricas japonesas, esse sistema se espalhou pelo mundo e ainda é comum em muitas indústrias na contemporaneidade.
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Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão se encontrava com graves problemas econômicos e sociais resultantes de um mercado consumidor fortemente reduzido e da extrema dificuldade de importação de matéria-prima.
Diante deste cenário, os engenheiros Shingeo Shingo, Taiichi Ohno e Eiji Toyoda desenvolveram um modelo produtivo que visava encontrar formas de fabricação de produtos com os menores custos possíveis.
Fotografia de Eiji Toyoda.
O modelo desenvolvido entre os anos de 1948 e 1975 nas indústrias da montadora automobilística Toyota possuía uma abordagem fabril diferente dos já conhecidos modelos fordista e taylorista, aplicados nas empresas dos Estados Unidos e de vários países da Europa.
Após visitar fábricas estadunidenses, os engenheiros japoneses perceberam que os modelos que funcionavam nas imensas fábricas nos Estados Unidos, com seus grandes mercados consumidores, mas que não funcionavam no contexto japonês.
O sistema toyotista foi criado para se adaptar à realidade japonesa no pós-guerra, que possuía um espaço geográfico e mercado consumidor menores se comparados a outros países.
Por isso, os engenheiros japoneses criaram um sistema que visava a redução de desperdício e a produção adequada ao consumo, em prol da redução dos custos de produção e o aumento de lucros.
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São características fundamentais do Toyotismo:
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Um fator importante a se considerar é que o desenvolvimento desse sistema foi acompanhado de um intenso desenvolvimento tecnológico, do aumento das análises de mercado, controles de qualidade e afins, que são muito presentes nas empresas atuais.
O Toyotismo é um dos sistemas de produção responsáveis pela flexibilização não só do processo produtivo, como também das formas de trabalho. O caráter multifuncional dos funcionários no sistema toyotista contribuiu para a diminuição da oferta de empregos no setor secundário da economia (industrial) e, com isso, fez aumentar a concentração de oferta de serviços no setor terciário (serviços).
Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo, Brasil.
Leia a seguinte reportagem:
A comparação entre modelos produtivos permite compreender a organização do modo de produção capitalista a cada momento de sua história. Contudo, é comum verificar a coexistência de características de modelos produtivos de épocas diferentes.
Na situação descrita na reportagem, identifica-se o seguinte par de características de modelos distintos do capitalismo: