Formas de governo são os modelos institucionais de administração e organização política da nação. As formas de governo não são, portanto, estáticas, modificando-se conforme os Estados também se transformam e se expandem.
Foi o filósofo Aristóteles o primeiro a refletir sobre a complexidade das formas de governo, em seu livro “A Política”. Segundo o pensador, um governo precisa ser conciliador, justo e ter como objetivo norteador e principal o bem comum da sociedade. Além disso, foi ele quem interpretou o governo como forma de organização e classificou sua existência a partir do poder que é dado aos governantes.
Entretanto, outros pensadores também se propuseram a teorizar sobre as formas de governo, como Maquiavel, Políbio e Kelsen.
Veremos, aqui, a classificação de República de Maquiavel, por exemplo, assim como as definições das formas de governo mais encontradas contemporaneamente.
Busto de AristótelesA partir da análise dos Estados Gregos, Aristóteles chegou na seguinte classificação das formas de governo:
Retrato de Nicolau Maquiavel
Maquiavel classificou as formas de governo em Monarquia e República. A primeira tem tem como característica a concessão do poder ao rei de forma hereditária, sem definição ou limitação temporal. A segunda, por sua vez, possui o exercício do poder atribuído ao povo, que por meio de eleições, escolhe seu representante.
A República é marcada pela temporalidade do poder, podendo ser classificada como:
Outros pensadores também se dedicaram a analisar as formas de governo.
Kelsen, por exemplo, classificou as formas de governo como democráticas - onde há participação popular - ou autocráticas - onde as decisões geralmente ocorrem alheias à vontade da maioria da população.
Além disso, a anarquia é também outra forma de governo. Tem como objetivo central o fim da autoridade estatal e do Estado em si. A etimologia da palavra remete ao grego e significa “ausência de governo”.
Pode-se definir a anarquia como uma filosofia política que repudia qualquer forma de hierarquia e dominação - inclusive a do Estado - e que acredita ser possível alcançar uma sociedade ideal voltada para o bem comum, a partir da liberdade individual, da coletividade e da autogestão.
O Brasil atravessou diferentes formas de Governo.
Após se tornar um país independente, entre 1882 e 1889, vivemos em um regime monárquico.
Em 1889, foi Proclamada a República do Brasil, e esta durou até 1961, quando foi instaurado o Parlamentarismo.
Em 1964, o Golpe Militar no Brasil acabou com a forma de Governo democrática. Somente em 1985, com o processo de redemocratização, a Ditadura Militar chegou ao fim.
“A democracia deliberativa afirma que as partes do conflito político devem deliberar entre si e, por meio de argumentação razoável, tentar chegar a um acordo sobre as políticas que seja satisfatório para todos. A democracia ativista desconfia das exortações à deliberação por acreditar que, no mundo real da política, onde as desigualdades estruturais influenciam procedimentos e resultados, processos democráticos que parecem cumprir as normas de deliberação geralmente tendem a beneficiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que aqueles que se preocupam com a promoção de mais justiça devem realizar principalmente a atividade de oposição crítica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estruturas de poder existentes ou delas se beneficia”.
(YOUNG, I. M. Desafios ativistas à democracia deliberativa. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 13, jan.-abr. 2014)
As concepções de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto tratam como imprescindíveis, respectivamente: