Como um grande quebra cabeça, a organização do mundo atual possui diferentes arranjos econômicos e políticos, os chamados Blocos Econômicos.
Há países se organizando em blocos, criando mercados regionais para se proteger da concorrência e das oscilações no mercado mundial, ao mesmo tempo que continua avançado a globalização das relações econômicas.
O texto a seguir nos ajuda a entender melhor o contexto da criação dos blocos, suas etapas de integração e mais detalhes sobre os mercados. Vamos lá?
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Os blocos econômicos são associações criadas entre os países para que eles estabeleçam relações entre si. Eles surgiram do reflexo da constante competição de economias mundiais. Além disso, é um movimento cada vez mais comum no mercado planetário para aguentar o ritmo acelerado dos países.
A formação de blocos econômicos tem por objetivo criar condições de dinamizar e intensificar a economia no mundo globalizado. Na atual economia mundial, a tendência é a formação de blocos econômicos, criados para facilitar o comércio entre os países membros.
Ao participarem de blocos econômicos, os países aumentam o alcance de seus produtos e serviços para outros lugares, uma grande vantagem advinda dessa cooperação.
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Esse processo e integração das economias nacionais de uma dada região passa por quatro estágios:
Redução ou eliminação das tarifas alfandegárias entre os países membros.
Além de abrir os mercados internos, regulamenta o comércio do bloco com as nações de fora.
Permite, ainda, a livre circulação de capitais, serviços e pessoas no interior do bloco;
Evolução do mercado comum. Os países adotam a mesma política de desenvolvimento e uma moeda única.
Para entendermos melhor as diferenças entre essas etapas, vamos dar uma olhada no quadro a seguir:
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O Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) tem início no fim da década de 1980, quando os Estados Unidos e o Canadá decidem integrar sua economia. Em 1993, recebe a adesão do México. Um ano depois, o tratado entra em vigor, estabelecendo o prazo máximo de 15 anos para a eliminação de barreiras alfandegárias no comércio entre os membros.
Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) reúne Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai com países efetivos, e Chile, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela como associados. A diferença entre membro associado e pleno é que o associado não adota a Tarifa Externa Comum (TEC), uma vez que o Mercosul se encontra no estágio da União Aduaneira.
Criada em 1992, com a assinatura do Tratado de Maastricht, a União Europeia (UE) é sucessora da Comunidade Econômica Europeia (CEE), instituída em 1957 pelo Tratado de Roma.
Maastricht concretiza a criação de um bloco com circulação livre de pessoas, mercadorias, capitais e serviços, além da integração a partir da adoção da moeda única por parte dos países membros. Os países membros são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido (em 2017 iniciou seu processo turbulento de saída, conhecido como Brexit), República Tcheca, Romênia e Suécia.
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), surge em 1989, com a proposta de criar até 2020 uma Zona de Livre-Comércio entre os 20 países membros e Hong Kong. Os membros são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, Rússia, Filipinas, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Tailândia, Taiwan e Vietnã.
A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é criada em 1991, após a desagregação da antiga União Soviética (URSS). Reúne 12 das 15 repúblicas que a formavam que formam uma área de livre comércio. A disparidade econômica entre elas é a principal dificuldade para sua integração. Os países membros são: Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Rússia, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão.
Instituída em 1969 pelo Acordo de Cartagena, com o nome de Pacto Andino. Em 1996, os países definem sua organização, e no ano seguinte o bloco passa a funcionar como Comunidade Andina. Tem como objetivo aumentar a integração comercial, economia e política entre seus membros. Membros: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
A União Africana (UA) é criada em 2002 para substituir a Organização da Unidade Africana (OUA), instituída em 1963. A nova entidade, que se inspira na União Europeia (UE), pretende unificar política, social e economicamente o continente. Mas, os problemas que o continente africano passa dificultam a integração. A União Africana pode intervir em um país membro em circunstâncias graves, como crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade. Formada pelos 53 países independentes do continente.
A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) é instituída em 1992 para estabelecer paz e segurança na região. O bloco, formado por 14 países, tem plano de criar um Mercado Comum, mas ainda está no estágio de Livre-Comércio.
Mapa com os principais blocos econômicos no mundo em 2010.
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A abertura comercial e a livre circulação de capitais e serviços em escala mundial, um fenômeno da globalização, gerou disputas acirradas entre empresas e países no âmbito do mercado global, o que favoreceu a formação de blocos econômicos regionais - alianças econômicas em que os parceiros estabelecem relações econômicas privilegiadas. O bloco econômico que, sem adotar uma moeda única, busca a livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços dos seus países membros e, ao mesmo tempo, elimina as tarifas aduaneiras internas e adota tarifas comuns para o mercado fora do bloco, pode ser classificado como: