A palavra sofista vem do grego, sophistes, e deriva da palavra sophia, que significa sabedoria.
Os sofistas eram um grupo de filósofos, sábios e eruditos que viajavam de cidade a cidade para divulgar os conhecimentos, em troca de dinheiro. Os estudantes e discípulos dos filósofos sofistas deveriam pagar taxas para que pudessem ouvir os ensinamentos dos filósofos e sábios.
O modelo sofista de propagação do ensinamento era voltado aos jovens nobres gregos, pois estes tinham condições de pagar para receber conhecimentos. Os jovens nobres buscavam o entendimento e a dominação do que era chamado de aretê.
O aretê é um conceito que denota excelência. Para os sofistas, a excelência era conquistada por meio da união de conhecimentos específicos e gerais, como a ciência, a aritmética, a oratória, a música, a filosofia e a política.
📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚
Os sofistas desenvolveram algumas técnicas para propagarem seus conhecimentos. A argumentação e persuasão eram as formas mais utilizadas entre eles e seus discípulos. As principais técnicas eram o uso das palavras, a inversão de argumentos, o enfraquecimento dos discursos dos interlocutores, além da tentativa de diminuir a força das palavras e a argumentação dos ouvintes.
Os sofistas faziam uso da razão e de discursos fortes e emocionais para convencer o outro de que tinham a opinião e argumentação verdadeira e correta. O objetivo principal desses filósofos era ensinar seus discípulos a derrubarem seus oponentes, por meio do uso de palavras e da articulação dos argumentos, e a buscarem pela excelência.
Em seus ensinamentos, os filósofos sofistas defendiam algumas perspectivas, elencadas abaixo:
Alguns pensadores se destacaram na Escola Sofista como grandes mestres da oratória. Os principais deles são:
O modelo de ensino sofista foi alvo de várias críticas de Sócrates e seus discípulos. Sócrates não considerava os sofistas filósofos, pois, segundo ele, os sofistas não tinham amor real pelo conhecimento, estavam apenas centrados nos valores que recebiam.
Sócrates defendia o diálogo e a argumentação como maneiras de levar os homens ao conhecimento, enquanto que, para os sofistas, o diálogo e a refutação serviria apenas para vencer o interlocutor, sem que houvesse grande preocupação com o conhecimento de fato.
Os sofistas foram criticados também por Platão e Aristóteles, que os consideravam mercenários, e não amantes do saber.
Muitos pensadores e estudiosos se apoiam nessas ideias e também não consideram os sofistas como parte de alguma escola filosófica. Os pensadores sofistas são considerados, ainda hoje, por muitos estudiosos, como profissionais que tinham na sabedoria a intenção de enriquecimento e ganhos apenas, diferente das práticas de outras escolas filosóficas, que empenharam-se a transmitir conhecimento.
Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas. (RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.)
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de