A convergência evolutiva, também chamada de evolução convergente, é um processo evolutivo em que indivíduos, sem grau de parentesco próximo, mas que vivem em condições ambientais parecidas, apresentam estruturas morfológicas, fisiológicas e até comportamentais semelhantes.
Esse processo tem como fator principal as condições ambientais e os nichos ecológicos sobrepostos entre populações diferentes de organismos. Darwin já havia relatado que condições ambientais selecionam indivíduos mais adaptados a sobreviverem em determinado ambiente em detrimento de outros.
Portanto, essas condições ambientais que são semelhantes para todos os indivíduos de um determinado local, ao selecionar os indivíduos mais aptos a sobreviverem às determinadas características ambientais, acaba selecionando também característica chave para a sobrevivência e, muitas vezes, essas características chave são semelhantes para os indivíduos que possuem o mesmo habitat ou hábitos de vida semelhantes.
Um dos principais exemplos utilizados para mostrar a ação da evolução convergente é o dos golfinhos e tubarões: ambos são animais marinhos que não possuem um ancestral comum muito próximo, porém, por viverem nas mesmas condições aquáticas, eles possuem estruturas corporais semelhantes como as nadadeiras e caudas. Dessa forma, golfinhos e tubarões, embora não sejam parentes próximos, por sobreviverem nas mesmas condições e por possuírem hábitos semelhantes, compartilham também de semelhanças fisiológicas e corporais.
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Os estudos acerca da evolução como se conhece atualmente, reúnem um conjunto de evidências e provas que a fazem ser considerada uma teoria irrefutável.
Diversos estudos e evidências corroboram com a teoria da evolução, a principal delas é com respeito aos registros fósseis que comprovam que o planeta Terra já serviu de abrigo para diversas espécies diferentes das que existem hoje, além de embasar estudos sobre possíveis parentescos entre espécies atuais e extintas.
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Esses estudos acerca do grau de parentesco entre as espécies atuais e as extintas se dá por análise de estruturas homólogas presentes nos indivíduos. Essas estruturas homólogas apresentam a mesma origem embrionária quando comparada entre os indivíduos, podendo ou não desempenhar a mesma função, como, por exemplo, os membros locomotores inferiores de dois mamíferos.
As estruturas homólogas aparecem a partir do evento evolutivo chamado de evolução divergente ou irradiação adaptativa.
É importante utilizar também de conceitos de adaptação justamente para reconhecer órgãos homólogos que desempenham funções diferentes entre dois organismos. Ao considerar os conceitos adaptativos, se reconhece a presença de órgãos análogos entre indivíduos.
Órgãos análogos são aqueles que, quando comparados, mostram origens embrionárias diferentes, mas apresentam a mesma função em cada organismo como, por exemplo, a asa de um Artrópode e a asa de uma ave, ambas as estruturas possuem a função de garantir capacidade de voo nos organismos, mas possuem origens embrionárias diferentes, já que aves e insetos não possuem um ancestral comum próximo.
Essas estruturas análogas se formam quando ambos os indivíduos compartilham as mesmas condições ambientais e alguns hábitos de vida semelhantes. Quando o ambiente exerce uma força adaptativa em duas populações de indivíduos diferentes, a seleção natural irá selecionar os mais adaptados a sobreviver sob aquelas condições, isso pode selecionar indivíduos diferentes, mas que possuam a mesma característica de sobrevivência.
A analogia é uma condição formada a partir da convergência evolutiva.
Principais exemplos de analogias entre organismos:
Urubu Rei (Sarcoramphus papa) e Abutre Real (Torgos tracheliotus).
Quando a semelhança entre estruturas animais não é sinal de parentesco, mas conseguida pela ação da seleção natural sobre espécies de origens diferentes, fala-se em: